Abrir uma loja virtual exige mais do que escolher produtos e criar um site. Para que o negócio funcione de forma legal e organizada, é necessário definir o CNAE para ecommerce, a classificação que determina as atividades da sua empresa perante a Receita Federal.
Esse código é fundamental porque define como será a tributação do negócio, quais obrigações fiscais devem ser cumpridas e até mesmo quais benefícios a empresa poderá acessar. Sem ele, o risco de pagar impostos de forma incorreta ou enfrentar problemas legais aumenta consideravelmente.
O que é CNAE e por que ele é importante para o ecommerce?
O CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) é um código criado para padronizar e identificar as atividades das empresas no Brasil. Ele serve como base para a Receita Federal, prefeituras e demais órgãos entenderem qual é o tipo de negócio que você exerce.
No caso do ecommerce, o CNAE é essencial para enquadrar corretamente a atividade de venda online. A escolha adequada garante que sua loja esteja regularizada, possa emitir notas fiscais e funcione de acordo com as exigências fiscais e tributárias.
Além disso, o código escolhido influencia diretamente o regime de tributação aplicado. Um CNAE inadequado pode resultar em pagamento maior de impostos ou até mesmo em irregularidades legais, gerando multas e complicações futuras.
Qual o CNAE para ecommerce?
Para quem deseja abrir uma loja virtual, a Receita Federal recomenda o código 47.89-0/99 – Comércio varejista de outros produtos não especificados anteriormente. Esse é o CNAE mais utilizado para ecommerce, pois abrange a venda de diferentes tipos de produtos pela internet.
Esse enquadramento foi criado justamente para dar flexibilidade a lojistas digitais. Com ele, é possível comercializar variados itens em um único CNPJ sem a necessidade de criar diferentes registros para cada categoria de produto.
Além disso, esse CNAE permite que o negócio esteja dentro da legalidade, possibilitando a emissão de notas fiscais, participação em marketplaces e a escolha do regime tributário mais adequado. Dessa forma, o empreendedor inicia suas atividades já com respaldo formal.

Qual o melhor CNAE para ecommerce?
Embora o código 47.89-0/99 seja o mais indicado para a maioria das lojas virtuais, é importante entender que o “melhor” CNAE para ecommerce depende do modelo de negócio e do porte da empresa. A escolha impacta diretamente no enquadramento tributário e nas obrigações legais.
Empresas menores, por exemplo, podem optar pelo Simples Nacional, que unifica impostos e simplifica a gestão fiscal. Já quem atua como MEI encontra opções limitadas de CNAEs disponíveis, o que exige atenção redobrada para não escolher uma atividade incompatível.
Outro ponto relevante é que negócios focados em nichos específicos podem precisar de códigos complementares. Se a loja vende apenas eletrônicos, moda ou alimentos, pode ser vantajoso avaliar CNAEs secundários para enquadrar corretamente as atividades.
Portanto, não existe um único CNAE ideal para todos. O melhor caminho é analisar seu faturamento, entender quais produtos serão vendidos e buscar orientação contábil para escolher a classificação mais vantajosa para o seu ecommerce.
Como escolher o CNAE certo para o seu ecommerce?
Definir o CNAE para ecommerce é uma etapa estratégica. A escolha impacta diretamente na tributação, na regularização do negócio e até na possibilidade de vender em diferentes canais digitais. Para acertar, é importante considerar alguns pontos fundamentais.
- Avalie seu modelo de negócio (físico, digital ou híbrido)
- Considere os produtos que você vai vender
- Analise o regime tributário ideal para o seu faturamento
- Busque apoio de um contador para definir corretamente
Assim, a decisão deve ser feita com planejamento, alinhada ao presente da empresa e às metas de crescimento.
CNAE para negócios digitais além do ecommerce
Nem todo negócio digital vende produtos físicos. Muitos empreendedores atuam com cursos, ebooks, mentorias ou serviços online, e nesses casos o CNAE para ecommerce tradicional pode não ser o mais adequado. É importante diferenciar para evitar problemas fiscais no futuro.
Para quem trabalha com infoprodutos (cursos online, apostilas, treinamentos), o CNAE costuma estar ligado a atividades de ensino ou edição de materiais digitais. Já quem presta consultorias, mentorias ou serviços recorrentes pode se enquadrar em CNAEs voltados a atividades profissionais ou de tecnologia.
Outro exemplo são plataformas de assinatura, como serviços de streaming ou clubes digitais. Nesses casos, a classificação deve refletir o modelo de receita por serviços digitais, não por comércio de produtos.

CNAE para vender em marketplaces (Shopee, Mercado Livre, Amazon e outros)
Quem deseja vender em marketplaces também precisa estar atento à escolha do CNAE. O código 47.89-0/99 continua sendo o mais usado para esse tipo de operação, já que permite a comercialização de diferentes produtos em plataformas como Shopee, Mercado Livre e Amazon.
A principal diferença é que, ao atuar em marketplaces, o lojista precisa de um CNPJ regularizado e com emissão de notas fiscais. Esses requisitos são indispensáveis para integrar a loja às plataformas, que exigem formalização para garantir segurança nas transações.
Outro ponto relevante é que o CNAE escolhido para ecommerce próprio serve igualmente para vendas em marketplaces. Assim, você não precisa abrir diferentes registros para cada canal de vendas, desde que a atividade principal esteja enquadrada corretamente.
Por isso, escolher o CNAE adequado garante que você possa vender tanto na sua loja virtual quanto em marketplaces sem complicações. E com a Loja Integrada, é possível unir esses canais em um só lugar, simplificando a gestão e ampliando o alcance do seu negócio.
CNAE para MEI que quer abrir um ecommerce
Muitos empreendedores começam no digital como MEI (Microempreendedor Individual), já que esse regime é simples e tem baixo custo. No entanto, é importante saber quais atividades são permitidas para quem deseja escolher o CNAE para ecommerce nesse modelo.
O MEI pode utilizar alguns códigos de comércio varejista, como Comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios ou Comércio varejista de artigos de papelaria, dependendo do produto vendido. Porém, nem todos os CNAEs usados por lojas virtuais estão liberados para o regime.
Outro ponto fundamental é a limitação de faturamento anual, atualmente em R$ 81 mil. Se o negócio crescer e ultrapassar esse valor, o empreendedor precisa migrar para ME ou EPP e atualizar o CNAE para continuar regularizado.
Passo a passo para registrar seu CNAE
Formalizar um ecommerce é o primeiro passo para garantir segurança jurídica e crescimento sustentável do negócio. O processo envolve a definição do CNPJ e a escolha do CNAE para ecommerce, que oficializa a atividade perante a Receita Federal. Confira o passo a passo:
- Defina o regime tributário: escolha entre MEI (Microempreendedor Individual), ME (Microempresa) ou EPP (Empresa de Pequeno Porte). Cada regime possui limites de faturamento e regras próprias que influenciam os CNAEs permitidos.
- Escolha o CNAE principal: esse código vai identificar a atividade principal da sua loja virtual. Ele precisa estar alinhado ao tipo de produto ou serviço que será oferecido.
- Adicione CNAEs secundários (se necessário): caso o negócio envolva diferentes tipos de produtos ou serviços, é possível incluir CNAEs complementares, garantindo flexibilidade e expansão futura.
- Registre o CNAE junto à Receita Federal: o processo é feito no momento da abertura do CNPJ e pode ser realizado com o apoio de um contador, que auxilia na classificação correta e na adequação às normas fiscais.
Registrar o CNAE de forma correta é mais do que uma exigência legal: é a base para emitir notas fiscais, ter acesso a benefícios tributários e garantir a credibilidade do ecommerce perante clientes e fornecedores.
Quais os riscos de escolher o CNAE errado para ecommerce?
Optar por um CNAE para ecommerce inadequado pode trazer consequências sérias para o negócio. O impacto vai muito além da burocracia: afeta diretamente a tributação, a emissão de notas fiscais e até a possibilidade de vender em determinados canais digitais.
Um dos principais riscos é o pagamento de impostos acima do necessário. Quando o enquadramento não corresponde à atividade real, a empresa pode ter obrigação de recolher tributos de forma incorreta, aumentando os custos operacionais.
Outro problema é a possibilidade de multas e penalidades fiscais. Se a Receita Federal identificar incompatibilidades entre a atividade exercida e o CNAE registrado, a empresa pode ser autuada.
Além disso, um CNAE errado gera dificuldades para emitir notas fiscais eletrônicas, limitando negociações com clientes e parceiros. Isso pode até inviabilizar a entrada em marketplaces, que exigem regularização completa.
Portanto, escolher o CNAE correto desde o início é essencial para evitar prejuízos financeiros e complicações legais que comprometem o crescimento do ecommerce.

O CNAE é o primeiro passo para profissionalizar seu negócio
Escolher o CNAE para ecommerce correto é um detalhe que faz toda a diferença no sucesso do seu negócio. Esse código garante que a loja esteja regularizada, com tributação adequada e pronta para crescer sem riscos de penalidades fiscais.
Ao definir o CNAE de forma estratégica, o lojista conquista segurança para emitir notas fiscais, vender em marketplaces e atrair clientes de forma profissional. Além disso, evita pagar impostos acima do necessário e mantém o negócio alinhado com a legislação.
Por isso, você deve encarar o CNAE como um passo inicial para quem deseja transformar ideias em vendas reais. E se o objetivo é estruturar sua loja virtual, a Loja Integrada oferece soluções simples, acessíveis e completas — dos planos gratuitos até opções avançadas para empreendedores em expansão.
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